Mulheres encantadoras,
Chamadas de “femininas”
Nem frágeis, nem delicadas
São Fortes, são heroínas
Eu falo de todas elas
Seja adultas ou meninas
Confundidas com a terra
Aglutinam a grandeza
De uma mãe que pariu
O plantio da natureza
Gerando todos os seres
Vivendo dessa riqueza
Falo da maternidade
Um ato impressionante
Gera, pare e dar a luz
De maneira apaixonante
Vem do útero ou coração
Que a mulher fica gestante
A atitude do criar
Não existe facilidade
Leva tempo e paciência,
Em troca a felicidade
De um dia ver crescer
Da prole a liberdade.
Se tornar mãe não é fácil.
É duro na sociedade!
São julgamentos impostos,
Falam sem propriedade,
Cobram e apontam o dedo
Dão a responsabilidade.
Por que nós somos julgadas?
Se é do fruto coletivo?
Que se faz uma criança.
Pra mulher é punitivo,
Não existe a escolha,
Já pro homem, optativo.
Vemos muito por ai,
Mulher criando sozinha.
Trabalha, cuida de casa
Sem parceiro, ela caminha.
Os olhares são estranhos
Mas nunca perdem a linha.
O homem é “diferente”!
O abandono parental,
A sociedade aplaude
Fecha os olhos, é normal.
Reflexo da ideologia
Machista e patriarcal
Em muitas comunidades
A coisa foi diferente:
Os filhos eram comuns
O cuidado conseqüente,
Nas Aldeias de Indígenas
A prática é vigente.
A opressão transformou
As pessoas em objeto.
São só números vagos
Pro capital, um projeto
De explorar mais e mais
Nosso povo por completo.
Mulheres com ou sem filhos,
As Casadas e solteiras,
Todas as trabalhadoras,
Sem avenças e fronteiras.
Hetéro, bi, trans, lésbicas
Todas somos companheiras!