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18 ago

Terra Mãe

Mulheres encantadoras,

Chamadas de “femininas”

Nem frágeis, nem delicadas

São Fortes, são heroínas

Eu falo de todas elas

Seja adultas ou meninas

 

Confundidas com a terra

Aglutinam a grandeza

De uma mãe que pariu

O plantio da natureza

Gerando todos os seres

Vivendo dessa riqueza

 

Falo da maternidade

Um ato impressionante

Gera, pare e dar a luz

De maneira apaixonante

Vem do útero ou coração

Que a mulher fica gestante

 

A atitude do criar

Não existe facilidade

Leva tempo e paciência,

Em troca a felicidade

De um dia ver crescer

Da prole a liberdade.

 

Se tornar mãe não é fácil.

É duro na sociedade!

São julgamentos impostos,

Falam sem propriedade,

Cobram e apontam o dedo

Dão a responsabilidade.

 

Por que nós somos julgadas?

Se é do fruto coletivo?

Que se faz uma criança.

Pra mulher é punitivo,

Não existe a escolha,

Já pro homem, optativo.

 

Vemos muito por ai,

Mulher criando sozinha.

Trabalha, cuida de casa

Sem parceiro, ela caminha.

Os olhares são estranhos

Mas nunca perdem a linha.

 

O homem é “diferente”!

O abandono parental,

A sociedade aplaude

Fecha os olhos, é normal.

Reflexo da ideologia

Machista e patriarcal

 

Em muitas comunidades

A coisa foi diferente:

Os filhos eram comuns

O cuidado conseqüente,

Nas Aldeias de Indígenas

A prática é vigente.

 

A opressão transformou

As pessoas em objeto.

São só números vagos

Pro capital, um projeto

De explorar mais e mais

Nosso povo por completo.

 

Mulheres com ou sem filhos,

As Casadas e solteiras,

Todas as trabalhadoras,

Sem avenças e fronteiras.

Hetéro, bi, trans, lésbicas

Todas somos companheiras!

 

 

11 ago

Alinhavos da vida

Gosto do jeito gostoso de gostar de você,
de receber do seu olhar, o sol que falta em mim.
Gosto de um escalda pés bem quente, com um raminho de lavanda, que revela a lembrança de um tempo de outrora. De comer bolo de rolo com um cafezinho bom.
De me balançar na rede, de correr que nem foguete, atrás de um bom forró.
Gosto de me embalar na ciranda, de molhar meus pés no mar em um dia ensolarado, e ouvir de olhos fechados a poética das ondas, que me fazem relaxar, me sentir perto de Deus.
Gosto do olhar de uma criança que reflete a minha imagem quando atenta me enxerga.
De me encontrar com os amigos e também desconhecidos que no meio do caminho, tantas lições revelam.
Gosto de um abraço prolongado, uma massagem nos ombros e de ler boas histórias, em livros que nos transportam a vidas inesquecíveis.
Gosto do cheiro de minha mãe, da benção do meu avô, da comida da minha vó.
Gosto de conhecer novas praças, de revisitar lugares, de ouvir os passarinhos, de planta, música e carinho.
De brincar com minhas crias, de estar com minha família, de me conectar ao divino, neste grande alinhavo, de vivências e histórias, tatuado na memória de uma vida bem vivida.

Epílogo da obra Maternagem em Sete Versos, de Dani Almeida

07 ago

Bei Jô

BEI JÔ 

Olá, tudo bem? Como estás? Vamos ao meu debut, aqui assinando a coluna BRINQUEDOS E FOLGUEDOS – O universo das tradições populares brasileiras. Espia a afoiteza da minha pessoa, lançando um tema estendal desse. E quando falo universo, ao bem da verdade, melhor se apropriaria o termo MULTIversos, pois são manifestações facetadas em artes integradas, que desenvolvem temas nossos, cotidianos, costumes, crenças, mitos… Porque Brasil é assim, tudo em um só instante, e cada brinquedo, em seu “aqui e agora”, mantém vivaz a narrativa do nosso enredo, versado em nós, povo plural.  

As expressões populares contextualizam a nossa cosmologia… Sim, vou falar de muitas coisas que podem ilustrar quem somos, explicar alguns comportamentos e perceber atitudes que temos, como povo brasileiro, salve meu guru Darcy!  Sem perder o fio da poesia, vou falar das nascentes de variados “Brasil”. E aqui, já pedindo licença à Ancestralidade e, também, para me livrar de encrenca com as respectivas personagens verossímeis, vou trazer a história, os acontecimentos, os causos, ora via contos de realismo fantástico, ora versejando nas variadas métricas do cordel. E seguindo a irreverência de nossas brincadeiras, ora seguirei em passeios crônicos pela vida da cultura popular como ela é, em personas fictícias; ou através de minha interpretação, por verossimilhança, como brincadora de rua por mais de quatro décadas. Tendo em espírito criativo e maestria nessa guiança, o paraibano da Serra do Teixeira, Poeta do Absurdo, Zé Limeira. Acho que vais gostar. Tudo bem?! Espero que sim. E o assunto da vez é: Jô Soares.   

Os folguedos brasileiros, festas da “folga” do trabalhador mestiço, as danças, as personagens, a musicalidade, a expressão, a poesia, o cenário, as indumentárias, as danças, as comidas sagradas, os deuses, povos e nações que aqui estiveram e estão, são meu alimento imaterial há muito tempo. É minha respiração, fonte de autoconhecimento e estruturação identitária. Sempre comento que quando sabemos todas as respostas, o destino muda todas as perguntas. E hoje a minha programação do dia 5/08/2022 era justamente, com o peito cheio de gratidão, escrever pela primeira vez aqui, neste respeitoso sítio de amizade, para publicação no primeiro sábado do mês, ou seja dia 06/08. Mas com a fatídica notícia que Jô havia morrido, chorei até secar. E como rosa murchei e como embuá me fechei. Senti-me tal como a mente de Alonso, de Cervantes, seca. Meu herói da cena, meu símbolo de criatividade, tinha ido embora. Fiquei sem chão também quando Chico Anysio pousou no firmamento. Mas sei que agora tá tudo misturado por lá. Imaginas a festa junto com Agildo Ribeiro, Miele, Ary Toledo, Costinha, Dercy Gonçalves, Marinês e Elke, só para começar? Pensando nessa turma, sinto-me livre para falar o que era preciso e desatar o nó da guela!   

Esses são heróis e heroínas não só meu mais do povo brasileiro. Mas falo de pessoas poderosas, não de objeto plástico para se pregar na parede, ou se expor na estante. Imóvel e obsoleto, criando poeira e parado no tempo. Remeto a memórias vivazes, lembrança-comida da construção de referências míticas, que se tornaram em meu caso, o viés de salvação pessoal, a saída para uma realidade adversa, preconceituosa e machista. Entristeci muito. Sei que Ele ia um dia, mas logo no dia que reservado à estreia da coluna? Perdi o fio da meada. Fiquei estanque, com discurso, mas sem curso. “E a coluna?”, pensei. É, a (o) leitora (o) é mais importante nesta hora. Em respeito a ti, que me lê, eis o caldo que consegui moer.  

Em um panteão junto com tantas outras pessoas da comicidade brasileira, Jô era a nossa realidade fantástica onde se podia brincar e, como falamos em Recife, “tirar onda da cara de” qualquer um daquela sociedade, daquele tempo. Em meu caso, nas décadas de 70 e 80, o cenário midiático do humor foi fonte de meu repertório infantil e de desenvolvimento adolescente, adulto e hoje na pessoa velha. A ideia de poder ter várias caras em uma só, era a resposta para uma mente fragmentada. Rir parecia ser a forma de sair da invisibilidade, mesmo que fosse “rir de mim” e não “rir comigo”. Para cada situação cotidiana, era possível buscar uma máscara e poder se safar, entendes? Imagine uma criança, na sala, assistindo TV, junto com todo o resto da família, e tem um homem gordo vestido de mulher, com uma mãe bem magrinha, dizendo “Em pensar que eu saí dessa barriguinha”. Claro que não havia saído, era óbvio. Mas todos riam como se isso fosse possível de se ver na rua. Claro que não, outra vez. Isso só se via nos programas da televisão. E isso eu fui entendendo. Ou seja, o lugar mais seguro e livre, para se ser quem quiser e poder imaginar-se em qualquer situação rizível, era na ficção. A realidade era bem outra. Mas é de tanto rir dos dramas, e colocá-los nas praças, terreiros e esquinas, que aprendemos a nós adaptar. E foi isso que eu fiz. 

Naquela época era bom ver as emissoras competindo com programas para cada vez mais ousados e sofisticados, para manter uma audiência impactada, motivada e absorvendo todas aquelas marcas e produtos dos reclames, ou melhor, intervalos comerciais! A risadaria, comia solta e assim como todos as personagens de Jô, vinham as criações de Os trapalhões e de Chico Anysio e de Chacrinha, e suas Chacretes, com tiradas e piadas recheadas de ironias, jogos de palavras, duplo sentidos e ambiguidades. Quando esses momentos eram apreciados? Em nossas folgas, ora! Quando ninguém está desenvolvendo nenhuma atuação social, nem estudando e nem trabalhando. Na folga. Lembro-me de ficar tardes e noites vendo, como aquelas personagens tão malucas, preenchiam nossas vidas, e eram sempre imitadas em rodas de conversa. Porém, bastava olhar de lado, nas cenas reais, a falta de espaço para as gargalhadas. Nos momentos da folga, assistindo os programas humorísticos, o contexto sociocultural com rigores ditatoriais, patriarcal severo, em que se prendiam as cabritas e libertavam-se os bodes. Em que o homem não chora e a mulher era preparada para um casamento, de preferência com algum parente em segundo grau, ou amigo da família, ou com patente. Em que faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Naquelas poucas horas, as gargalhadas uniam e salvavam. 

Era a nossa folga, em estados de “folgazões”, rindo juntos e por breves instantes, esquecíamos  da violência doméstica, dos castigos, do alcoolismo, das competições financeiras por posses, ou luta por um carinho espontâneo. Olhando para a telinha e brincando seu próprio drama, todas as mazelas eram abrandadas, com todos sentados à frente da televisão. Para mim tornava- se mais fácil usar uma analogia daquela figura travestida e multicolorida da tela, que usar minhas vivências para sanar uma injustiça, por exemplo. O que se via era uma transformação cultural que se estabelecia, criando novos olhares e leituras. Nem todos percebiam isso, eu sim. As sketches iam para o nosso dia-a-dia escolar ou na rua de casa. Comentávamos se teríamos ou não coragem de nos vestir como Bô Francinete, ou o que gostaríamos de ser Rei, ser Rei, ser Rei! E imaginar o que faríamos se tivéssemos aquele poder. E se alguém fosse gay, já que havia um Capitão Gay? Questionávamos até as cores de nossas fardas escolares que (em Recife era como chamávamos uniforme), sempre azul, verde escuro, vinho, ou marrom. Tão sem graça. 

Assim, leitora, leitor, hoje dei-me a liberdade dessa narrativa livre, em primeira pessoa, e mudar de assunto e falar da mesma coisa. E enfim, homenagear a comicidade brasileira, devido ao valor que não só tem para mim, como assinatura de multiartista, mas para tantos do povo Brasil. Lembrando que nossos folguedos são brinquedos que bebem da fonte da sátira, da farsa, da pantomima, da tragicomédia e dos paradoxos socioculturais, em que as personagens são caricaturas de comportamento social completamente divergente daquele recorte histórico que o originou.  

Nesses brinquedos, com fazeres e saberes libertadores, preservam-se as tradições, compõe-se um espaço de cura, e organiza-se o processo de adaptação. Nas brincadeiras, povos e nações estão juntas, em família, em processo circular ou cortejo. A mente, o corpo e o meio social brincam pelo todo-ancestral. É um sacro-ofício, em que as tensões são aliviadas, a dureza da vida da Mata, do Agreste, do Sertão, Cerrado, mangues, do Litoral, dos morros e das comunidades, é mais fácil de se levar a diante. O brinquedo é, e sempre será, o respiro certeiro.  Somos assim, da festa, da alegria, em essência. Rápidos e matreiros na irreverência. Uma “Misturada” de nações africanas, indígenas e ibéricas. Drama e comédia unidos por Linha 10. Um eterno duplo sentido, multicolorido, assim como Jô. Até mês que vem. 

 

Que bom que tu chegaste até aqui! Assim, um “aperitisco” (aperitivo + petisco): 

O LINE-UP DO CÉU 

TÁ MAIS RISONHO E BRILHANTE 

CHEGOU AGORA UM GIGANTE 

PRA FIGURA E PRO PAPEL 

QUE DA PEDRA TIRA MEL 

FAZ DIVERTIR AOS MILHARES 

SALVE NOSSO JÔ SOARES 

NO PALCO, CINE OU TEVÊ 

FAZ O POVO SE ENTRETER 

BEIJA CHICO, QUANDO ACHARES! 

 

MRCL 07-08-2022

28 jul

Sonoridades

É o pássaro, é o vento, é o barco que navega,
É o moço que rápido caminha e ofegante transpira.
É o cachorro que na porta da vizinha late e desperta o latido dos cães vizinhos.
É o carro que buzina, é o homem do carro do ovo avisando que está na sua rua.
É o canto do galo que não vive no campo, mas, desperta quem o escuta, ainda que seja no meio da tarde.
É a gritaria das crianças passando na frente de casa, indo para a escola;
É o espirro que anuncia uma possível mudança de tempo.
É o borbulhar da água fervendo batendo no café anunciando o afago que o paladar logo terá.
É o estalo do beijo mais puro e sincero recebido das crias;
É o sussurro carinhoso do seu amor ao pé do ouvido, que arrepia da cabeça até a ponta do pé.
É o tocar das ondas do mar na areia, levando e trazendo poesia a todo momento.
É o coração batendo forte, revelando a imensidade da vida em movimento e sonoridades.

19 jul

Lembrança ao dia 25 de julho

Esse mês de julho é dedicado à luta e resistência da mulher negra, latino-americana e caribenha. À você mulher negra ou descendente, nossa força está crescendo e cada vez somamos mais, mais e mais!

Hoje somos resistência
orgulho-me desta raça,
que tem a força e a garra
há quem ache uma desgraça,
ser preta ou ser descendente
mas meu gene é contundente,
e a tua etnia abraça.

Honramos as ancestrais
lutando contra opressão,
nossas forças são escudos
repelindo a proibição,
e por sermos minoria
tratam-nos com valentia,
por temerem nossa união.

13 jul

Mulheres do coletivo Teodoras são destaque na 26ª Bienal Internacional do Livro de SP

A convite da editora cearense Imeph, o coletivo feminino Teodoras do Cordel Artevistas SP foi um dos grandes destaques do estande Cordel e Repente, na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu de 2 a 10 de julho, no Expo Center Norte, na Zona Norte da capital paulista.

O evento, contou com a participação de 182 expositores e cerca de 500 selos editoriais . Durante a semana, as cordelistas do coletivo expuseram e venderam suas obras coletivas e individuas. O público ainda pode prestigiar a performance artística-literária das autoras em dois momentos: no dia 9 de julho às 13 horas e no encerramento da Bienal, ocorrido no dia 10 de julho às 19 horas. “Em todas as apresentações tivemos um recorde de público e vendemos todo nosso acervo da obra  Mulheres Negras que Marcaram a História, publicado pela editora Areia Dourada. Gratidão a editora Imeph pelo convite e a todo o público que esteve presente consumindo a nossa literatura e nos apoiando em nossas performances”, destacou Lu Vieira, cordelista e integrante do coletivo Teodoras.

Confira um trecho do vídeo da participação do coletivo na Bienal 2022:

Veja algumas fotos:

03 jul

Pois é, a luta é diária!

Olá, queridos(as) leitores(as).

Por conta das duas últimas semanas nada fáceis para nós mulheres (não que não passemos por esse tipo de dificuldade todo santo dia de nossas vidas), mas devido aos casos tão emblemáticos e pra lá de pesados, de enorme repercussão nacional dos últimos dias, resolvi compartilhar hoje com vocês um poema, que inclusive dá nome ao meu segundo livro de poesias, o “Lutei Contra 100 Leões – Todos os 100 Eram Jumentos”.

Este poema, que deu origem ao livro, brotou-me em um momento em que eu me via completamente sufocada por comentários e críticas negativas com relação ao que eu vinha produzindo, porém, aos pouquinhos fui observando que tais apontamentos, em sua grande maioria, vinham de homens e alguns deles até mesmo me desencorajando a continuar em meu caminho da escrita que vinha naquele momento se desenhando e se despontando.

Eu cheguei a ficar um tempo travada, acreditando que o que escrevia não tinha valor o suficiente, o que me fez muito mal, já que a escrita sempre me serviu como válvula de escape das mazelas da vida, de modo que não conseguir escrever é um suplício gigantesco sendo aplicado à minha alma.

Foi então que surgiu o poema/décima “Lutei Contra 100 Leões – Todos os 100 Eram Jumentos”, como forma de resposta/volta por cima a tudo isso que eu vinha sofrendo/sentindo. E então a partir dele, surgiu a ideia de encabeçar o livro (homônimo ao poema), para que eu entendesse, de uma vez por todas (sim! eu precisei me convencer disso e o processo não foi fácil), que ninguém, mas NINGUÉM mesmo, vai conseguir me parar!

Pra quem não me conhece, minha pesquisa (de estudo, de trabalho e de vida!) gira em torno da cultura popular brasileira, de modo que recriar, ressignificar e homenagear nossos maravilhosos e maravilhosas poetas (principalmente da região nordeste do país), utilizando as formas e estruturas da poesia popular brasileira, foi o modo que arranjei pra seguir em frente, persistindo, existindo e resistindo, com a principal certeza de que jamais vou deixar alguém me calar!

 

Lutei contra 100 leões
Todos os 100 eram jumentos

Lutei contra 100 leões
Todos os 100 eram jumentos
Quando em meio aos tormentos
Fui buscar boas lições
Mas só vi aberrações
Que sentiam-se divinas
Boicotando as meninas
Pra sentirem-se potentes
Porém, saibam, seus dementes
Macho nenhum me domina.

 

Espero, de coração, que gostem.
Um abraço franco e fraterno, e até o nosso próximo encontro!
Graziela Barduco.

12 jun

CANTOS, CONTOS E REZAS – PERCEPÇÕES SOBRE A VIDA

Está coluna tem como objetivo mostrar um pouco da minha criação artística.
Sou poeta cordelista,contadora de histórias e orientadora teatral ,adoro navegar em várias expressões artistas.
Vamos trazer para vocês amados leitores:
Mini contos em cordel e em prosa,poemas em cordel e em prosa,poemas livres trovas,limeriques ,haicai rezas,cantos e poemas infantis.

Cleusa Santo.

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